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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

.~.~.~.~.~.~.LUIS DA CÂMARA CASCUDO.~.~.~.~.~.~.

                                                           LUIS DA CÂMARA CASCUDO


                  Luís da Câmara Cascudo recriou a atmosfera da sua meninice, revelando os interesses que desde então o levariam a se tomar dos mais respeitáveis pesquisadores do folclore e da etnografia de nosso país.

Filho de um coronel e de uma dona de casa, de família abastada, Luís da Câmara Cascudo estudou no Externato Coração de Jesus, um colégio feminino dirigido por religiosas. Teve professores particulares e depois, por vontade do pai, transferiu-se para o Colégio Santo Antonio.

Durante a adolescência, teve fama de namorador, mas acabou apaixonando-se por uma moça de dezesseis anos, Dália, com quem se casou em 1929. Tiveram dois filhos, Fernando Luís e Ana Maria Cascudo.

            Nascido em 30 de dezembro de 1898 na cidade de Natal, Câmara Cascudo é autor de mais de cem livros, além crônicas em revistas e jornais. Jamais abandonou sua cidade de origem e de lá mesmo foi capaz de mapear como ninguém o folclore e a cultura popular brasileira. 




                          O conjunto da obra de Luís da Câmara Cascudo é considerável em quantidade e qualidade: ele escreveu 31 livros e 9 plaquetas sobre o folclore brasileiro, em um total de 8.533 páginas. Ninguém no Brasil, nem antes nem depois dele, realizou obra tão gigantesca com reconhecimento nacional e estrangeiro. É também notável que tenha obtido reconhecimento nacional e internacional publicando e vivendo distante dos centros Rio e São Paulo.
                  Teve uma infância guardada entre cuidados exagerados, com ama de companhia, professora particular e proibido do encanto das ruas. No verão, vivia os dias na beira do mar, entre barcos e pescadores, e o inverno passava no sertão ouvindo vaqueiros e cantadores. Entre espumas e espinhos sedimentou sua cultura descobridora do homem brasileiro.
Desejou ser um nobre médico de província e chegou a cursar os primeiros anos na Bahia e no Rio de Janeiro. Mas terminou cumprindo o destino de ser Bacharel em Direito e foi estudar na velha Facul­dade de Direito do Recife, onde ainda ouviu o eco dos discursos de Joaquim Nabuco eTobias Monteiro e dos versos de Castro Alves.

                 Com mais de uma centena de títulos entre livros, traduções, opúsculos e artigos publicados no Brasil e em vários países, viveu a vida vendo e ouvindo, lendo e escrevendo, sem nunca pensar em deixar sua terra. Por isso não aceitou o fardão da Academia Brasileira de Letras nem o convite de Juscelino para reitor da Universidade de Brasília.
Viveu e morreu na sua aldeia. Genial e humilde. Pobre e feliz.
 

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