*A partir de 2001, pesquisas indicam que as crianças têm ligações entre os neurônios mais rápida. São os chamados nativos digitais. Eles não aceitam mais aulas fora de padrões de interatividade. Desligam da aula porque não está adequada ao mundo de hoje’’, analisou.
23/06/2008 – Mais computadores nos lares significa acesso mais fácil à internet. Não é à toa, portanto, que cresce em progressão geométrica a quantidade de pessoas com acesso à rede. No Brasil, já são 40 milhões. Em Santos, conforme mostrou pesquisa do Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT) divulgada ontem, 44,9% dos santistas utilizam internet, contra 21% no Brasil.
No mundo de hoje, onde as crianças têm o primeiro contato com as máquinas cada vez mais cedo, o desafio dos professores é evitar que os pequenos se limitem a apenas reproduzir o conteúdo da rede em trabalhos escolares.
*E afinal, o livro tem lugar
na cultura globalizada ou está prestes a virar peça de museu? A Internet seria o
substituto definitivo para esse objeto de orelhas, corpo, rodapé, colunas e
folha de rosto que participou da própria invenção do humano? Especulações sobre
o destino da cultura de papel na era da informática pecam por desconsiderar que
os incunábulos, como os livros eram chamados antes da invenção dos tipos móveis,
não são objetos humanos que se opõem ao computador, artificial e frio, em uma
dicotomia do tipo natureza versus cultura. No imaginário popular, a leitura e a
escrita seriam aptidões naturais, assim como comer, dormir, andar. Apaga-se o
fato de que livros de papel são eles próprios invenções tecnológicas. (Raquel Wandelli)
* Falar acerca dos desafios da leitura na era do
virtual, implica numa
compreensão do ato de ler que envolva a cultura, as
diversas formas de
apreensão da realidade, a qual possa extrapolar as
formas tradicionais de
leitura e o que chamaríamos de formas contemporâneas
de teleleituras.
Nesse sentido diremos que "ler o mundo" nunca foi
uma tarefa fácil. Com
todo o caráter de arbitrariedade que possui a
palavra "evolução", quando
observamos a história do desenvolvimento das
culturas humanas, vemos as
marcas de uma progressiva evolução dos dispositivos
utilizados pelas
diversas sociedades no seu ato de "ler o mundo"; se
quisermos, em vez de
"evolução", falaremos de ciclos revolucionários que
ao longo da história
dessas sociedades tiveram impactos profundos em suas
culturas.
Três desses ciclos têm fundamental importância para
a formação das
chamadas culturas letradas: Falamos da revolução
neolítica e do modo
como aquelas sociedades eminentemente agrícolas
extraíram da própria
terra e dos seus instrumentos de trabalho, os
rudimentos da escrita
manuscrita; o segundo ciclo data do século XV, a
partir do advento da
imprensa de Gutemberg e da consolidação da era da
escrita mecanizada; a
contemporaneidade, classificada como a "era
informática" amplia e
diversifica as formas de leitura e escrita. Instaura
uma multiplicidade
de interfaces com as quais o homem intervém,
apreende e transforma a
cultura, cria o espaço-tempo mutável, fragmentado,
marcado por uma
espécie de "presentificação permanente" do
real.
Joana Belarmino de Sousa
- Jornalista e professora do
Curso de Comunicação Social da UFPb.
fonte de pesquisa- http://blog.ftc.br/ftcdigital/?p=14
http://www.escritoriodolivro.com.br/leitura/raquel.html
http://www.pga.com.br/artigo1.htm